Vamos
falar hoje um pouco sobre o processo de desencarne, mas antes disso vale a pena
lembrar de uma forma resumida como estamos ligados quando encarnados.
Na
essência, somos todos espíritos, sem forma ou tamanho definidos, uma energia
inteligente que não pertence ao estado material. Esse espírito é o que comanda
o nosso corpo quando encarnado, mas há ainda mais um corpo que faz a ligação
entre espírito e corpo, o perispírito, a grosso modo temos esses 3 corpos
ligados quando encarnados, há ainda outros corpos melhor detalhados no post do
link abaixo:
O perispírito é uma matéria muito
sutil, menos denso que o corpo físico, e invisível para os encarnados, ele
possui uma forma idêntica a do corpo físico, e é através dele que o espírito se
liga ao corpo, por meio de ligações fluídicas, como se fossem cabos ligados na
mente.
Quando encarnamos, os espíritos
que preparam a nossa encarnação fazem a ligação entre Espírito, perispírito e
corpo físico durante a gestação, junto a essa ligação, somos “abastecidos” com
o fluido vital, que se mantém no nosso corpo enquanto estamos encarnados, essa
quantidade de fluido vital é calculada conforme os anos de vida que teremos na
Terra, sendo que quando essa energia se extingue, desencarnamos.
Quando desencarnamos, o plano
espiritual se encarrega de desligar esses laços fluídicos que ligam nosso corpo
ao espírito e remover algum resquício de fluido vital que ainda esteja contido
no corpo físico por meio de passes magnéticos, isso é muito importante pois
esse fluido vital, se deixado no corpo físico, pode servir de alimento para espíritos
inferiores que aproveitam dessa energia para práticas negativas, essa prática
de se apossar do fluido vital de um corpo é chamada de Vampirismo, isso
acontece também enquanto estamos encarnados e permitimos que nossa vibração baixe,
ficando no mesmo patamar de vibração dos espíritos inferiores e facilitando o
uso de nossa energia vital por eles. É por esse motivo que devemos sempre vigiar
nossos pensamentos, procurando sempre pensar em coisas positivas para não
permitir essa “invasão”. Em quase todos os casos, um espírito iluminado está
presente para realizar o desligamento, que é gradativo. Durante o velório, um
assistente espiritual fica guardando o corpo até que o fluido vital restante seja
removido e dispersado na atmosfera.
Nossa atitude nos velórios e
enterros pode auxiliar ou atrapalhar esse trabalho das equipes espirituais,
assuntos obscenos e malévolos atraem as entidades perversas, suja presença perturba
o desencarnado; a única forma de contribuir para que o recém desencarnado faça
uma passagem tranquila é através do respeito e oração.
No momento do desencarne, o
espírito passa por uma perturbação da consciência, perturbação essa que pode
durar desde algumas horas até anos, dependendo do seu nível de moralidade,
recebendo o amparo necessário de acordo com seu merecimento. Muitos espíritos entram
em um profundo sono após sua passagem. Muitos espíritos não aceitam a nova
condição de desencarnado e ficam vagando após o desencarne, sendo recolhidos e
auxiliados por instituições de socorro localizadas nas zonas umbralinas do
plano espiritual, esse socorro é mais eficiente quando auxiliado por orações
feitas para o desencarnado. Após esse resgate o espírito chega ao estado de
lucidez, que é como despertar de um sono profundo, inicialmente com as ideias ainda
confusas, esse processo de lucidez pode ser mais lento ou mais demorado, de
acordo com o apego material.
Quando
o espírito já tem um conhecimento maior e está desapegado da matéria, o
processo de desligamento se dá antes mesmo da morte real, o espírito penetra na
vida espiritual ligado ao corpo apenas por um elo que se rompe com a última
batida do coração, muitos casos de morte por velhice acontecem dessa forma. Já
os espíritos fortemente ligados a matéria e aos prazeres da carne, quando chega
o momento de desligamento, esse processo pode ser prolongado por dias, semanas
e até meses, fazendo com que, em muitos casos, o espírito continue sentindo no
plano espiritual as dores de quando ainda estava encarnado.
Na
morte violenta o desligamento só começa após a morte real e não se completa
rapidamente, causando um trauma no espírito que, surpreso, pensa, sente,
acredita-se vivo, prolongando essa ilusão até que compreenda seu estado.
Um
caso considerado o pior crime é o suicídio. Quando o espírito desencarna por
meio do suicídio, ele antecipa a sua morte, forçando o desencarne quando ainda
havia muito fluido vital em seu corpo e, por esse motivo, fica preso ao corpo,
em alguns casos, pelo tempo que ainda lhe restara de vida. O homem não tem o
direito de dispor da própria vida, isso é uma transgressão da lei natural.
Porém Deus atenua suas consequências conforme os casos.
Há
alguns tipos de suicídio, conforme descrito abaixo:
Suicídio
Voluntário: Quando o indivíduo por vontade própria e consciente decide tirar a
própria vida.
Suicídio
Involuntário: Quando num ato de loucura o indivíduo tira a própria vida. Não há
culpabilidade quando na ação não há intenção ou completa consciência.
Suicídio
inconsciente: Quando o indivíduo desencarna por conta de fumo, álcool ou
drogas, ou quando prejudica o próprio corpo, como no caso de diabéticos que
comem doce demais. Essas pessoas mesmo sem terem a intenção direta de se matar,
cometem suicídio por conta de estar prejudicando o corpo, abreviando a vida.
No
geral os espíritos que desencarnarem por meio de suicídio são exepcionais de alguma
forma, tendo na encarnação seguinte moléstias causadas de acordo com o modo
como desencarnaram, alguns exemplos são os seguintes:
Projétil
de arma de fogo: Gera deficiência no local atingido, como a cegueira quando o
disparo foi no olho, mudez quando o disparo foi na boca e etc.
Enforcamento:
Paralisias em partes do corpo
Afogamento:
Enfisemas
Nanismo:
Precipitação de grandes alturas.
Vale
lembrar que todos esses casos são exemplos, e não devem ser tomados como regra,
não é possível ter certeza de que a deficiência de alguém foi causada por esse
ou aquele motivo.
Concluindo,
o desencarne do indivíduo pode ser tranquilo ou conturbado, isso vai depender
da forma como o encarnado levava a vida, seu conhecimento e sua preparação para
o momento do desencarne, por isso é de extrema importância que procuremos nos
manter em boas vibrações, fazendo preces, fazendo o evangelho no lar toda
semana, buscando minimizar as atitudes agressivas, explosivas, nervosismos e
outras atitudes que baixam o nosso padrão vibratório. Para os que ficam
encarnados, a melhor maneira de ajudar é fazendo preces para os desencarnados,
desejando que o plano superior possa ampará-los no momento do desencarne e que
o espírito possa ser acolhido por colônias de tratamento.
Seguem
abaixo alguns links de posts mais antigos que podem esclarecer mais dúvidas
sobre o assunto:
Boa leitura!