Objetivo do blog

Este blog tem o objetivo de divulgar a doutrina espírita baseando-se nas aulas da 6ª turma de mocidade espírita do C.E.B. Seara de Luz. Todos os textos aqui encontrados foram fruto de pesquisas sobre o tema feitas em livros ou através de páginas na internet. O Blog não tem fins lucrativos. Todos as publicações deste blog podem servir de fonte para pesquisa, porém não devem ser tomadas como única fonte, busque sempre livros e outras páginas da web para uma comparação.
Boa leitura!

terça-feira, 8 de maio de 2012

A passagem



Vamos falar hoje um pouco sobre o processo de desencarne, mas antes disso vale a pena lembrar de uma forma resumida como estamos ligados quando encarnados.
Na essência, somos todos espíritos, sem forma ou tamanho definidos, uma energia inteligente que não pertence ao estado material. Esse espírito é o que comanda o nosso corpo quando encarnado, mas há ainda mais um corpo que faz a ligação entre espírito e corpo, o perispírito, a grosso modo temos esses 3 corpos ligados quando encarnados, há ainda outros corpos melhor detalhados no post do link abaixo:


O perispírito é uma matéria muito sutil, menos denso que o corpo físico, e invisível para os encarnados, ele possui uma forma idêntica a do corpo físico, e é através dele que o espírito se liga ao corpo, por meio de ligações fluídicas, como se fossem cabos ligados na mente.

Quando encarnamos, os espíritos que preparam a nossa encarnação fazem a ligação entre Espírito, perispírito e corpo físico durante a gestação, junto a essa ligação, somos “abastecidos” com o fluido vital, que se mantém no nosso corpo enquanto estamos encarnados, essa quantidade de fluido vital é calculada conforme os anos de vida que teremos na Terra, sendo que quando essa energia se extingue, desencarnamos.

Quando desencarnamos, o plano espiritual se encarrega de desligar esses laços fluídicos que ligam nosso corpo ao espírito e remover algum resquício de fluido vital que ainda esteja contido no corpo físico por meio de passes magnéticos, isso é muito importante pois esse fluido vital, se deixado no corpo físico, pode servir de alimento para espíritos inferiores que aproveitam dessa energia para práticas negativas, essa prática de se apossar do fluido vital de um corpo é chamada de Vampirismo, isso acontece também enquanto estamos encarnados e permitimos que nossa vibração baixe, ficando no mesmo patamar de vibração dos espíritos inferiores e facilitando o uso de nossa energia vital por eles. É por esse motivo que devemos sempre vigiar nossos pensamentos, procurando sempre pensar em coisas positivas para não permitir essa “invasão”. Em quase todos os casos, um espírito iluminado está presente para realizar o desligamento, que é gradativo. Durante o velório, um assistente espiritual fica guardando o corpo até que o fluido vital restante seja removido e dispersado na atmosfera.

Nossa atitude nos velórios e enterros pode auxiliar ou atrapalhar esse trabalho das equipes espirituais, assuntos obscenos e malévolos atraem as entidades perversas, suja presença perturba o desencarnado; a única forma de contribuir para que o recém desencarnado faça uma passagem tranquila é através do respeito e oração.

No momento do desencarne, o espírito passa por uma perturbação da consciência, perturbação essa que pode durar desde algumas horas até anos, dependendo do seu nível de moralidade, recebendo o amparo necessário de acordo com seu merecimento. Muitos espíritos entram em um profundo sono após sua passagem. Muitos espíritos não aceitam a nova condição de desencarnado e ficam vagando após o desencarne, sendo recolhidos e auxiliados por instituições de socorro localizadas nas zonas umbralinas do plano espiritual, esse socorro é mais eficiente quando auxiliado por orações feitas para o desencarnado. Após esse resgate o espírito chega ao estado de lucidez, que é como despertar de um sono profundo, inicialmente com as ideias ainda confusas, esse processo de lucidez pode ser mais lento ou mais demorado, de acordo com o apego material.

Quando o espírito já tem um conhecimento maior e está desapegado da matéria, o processo de desligamento se dá antes mesmo da morte real, o espírito penetra na vida espiritual ligado ao corpo apenas por um elo que se rompe com a última batida do coração, muitos casos de morte por velhice acontecem dessa forma. Já os espíritos fortemente ligados a matéria e aos prazeres da carne, quando chega o momento de desligamento, esse processo pode ser prolongado por dias, semanas e até meses, fazendo com que, em muitos casos, o espírito continue sentindo no plano espiritual as dores de quando ainda estava encarnado.

Na morte violenta o desligamento só começa após a morte real e não se completa rapidamente, causando um trauma no espírito que, surpreso, pensa, sente, acredita-se vivo, prolongando essa ilusão até que compreenda seu estado.
Um caso considerado o pior crime é o suicídio. Quando o espírito desencarna por meio do suicídio, ele antecipa a sua morte, forçando o desencarne quando ainda havia muito fluido vital em seu corpo e, por esse motivo, fica preso ao corpo, em alguns casos, pelo tempo que ainda lhe restara de vida. O homem não tem o direito de dispor da própria vida, isso é uma transgressão da lei natural. Porém Deus atenua suas consequências conforme os casos.

Há alguns tipos de suicídio, conforme descrito abaixo:

Suicídio Voluntário: Quando o indivíduo por vontade própria e consciente decide tirar a própria vida.

Suicídio Involuntário: Quando num ato de loucura o indivíduo tira a própria vida. Não há culpabilidade quando na ação não há intenção ou completa consciência.

Suicídio inconsciente: Quando o indivíduo desencarna por conta de fumo, álcool ou drogas, ou quando prejudica o próprio corpo, como no caso de diabéticos que comem doce demais. Essas pessoas mesmo sem terem a intenção direta de se matar, cometem suicídio por conta de estar prejudicando o corpo, abreviando a vida.

No geral os espíritos que desencarnarem por meio de suicídio são exepcionais de alguma forma, tendo na encarnação seguinte moléstias causadas de acordo com o modo como desencarnaram, alguns exemplos são os seguintes:

Projétil de arma de fogo: Gera deficiência no local atingido, como a cegueira quando o disparo foi no olho, mudez quando o disparo foi na boca e etc.

Enforcamento: Paralisias em partes do corpo

Afogamento: Enfisemas

Nanismo: Precipitação de grandes alturas.

Vale lembrar que todos esses casos são exemplos, e não devem ser tomados como regra, não é possível ter certeza de que a deficiência de alguém foi causada por esse ou aquele motivo.

Concluindo, o desencarne do indivíduo pode ser tranquilo ou conturbado, isso vai depender da forma como o encarnado levava a vida, seu conhecimento e sua preparação para o momento do desencarne, por isso é de extrema importância que procuremos nos manter em boas vibrações, fazendo preces, fazendo o evangelho no lar toda semana, buscando minimizar as atitudes agressivas, explosivas, nervosismos e outras atitudes que baixam o nosso padrão vibratório. Para os que ficam encarnados, a melhor maneira de ajudar é fazendo preces para os desencarnados, desejando que o plano superior possa ampará-los no momento do desencarne e que o espírito possa ser acolhido por colônias de tratamento.
Seguem abaixo alguns links de posts mais antigos que podem esclarecer mais dúvidas sobre o assunto:


Boa leitura!